Entenda o que é uma análise de solo e por que o nitrogênio não aparece na mesma

O Brasil vem se destacando no cenário mundial, através do crescimento da produção agrícola, em razão ao grande número de exportações. Para esse fim, tem-se conjurado em atitudes como exemplos o crescimento da produtividade das lavouras, além da ampliação das áreas de cultivo.

No entanto, como um dos principais focos da agricultura no cenário atual, é a sustentabilidade, faz necessário o questionamento, referente a ampliação das áreas de cultivo. Com isso, aumentar a produtividade agrícola das culturas, se torna essencial para qualquer produtor agrícola. Estratégias de manejo que promovam a construção e a manutenção da fertilidade do solo são de suma importância para obtenção do sucesso.

Todavia, a análise de solo se faz necessário para identificar a capacidade que o solo tem de prover os nutrientes que são essenciais para as plantas. Se desempenhada de forma adequada, faz com que as tomadas de decisão sejam mais corretas, fazendo com que tenha resultados de plantio como um todo de maior êxito.


O que é análise de solo?

Análise de solo pode ser definida como um conjunto de diversos processos químicos que determinam a disponibilidade e a existência de nutrientes em um espaço. Com isso, pode ainda avaliar as propriedades químicas, físicas e biológicas do solo, que são de suma importância para o desenvolvimento das plantas.

Para o processo de análise de solo, de forma prática, é necessário amostrar e coletar amostras de solo (de forma aleatória ou não) em pontos de uma área determinadas para posteriormente ser enviados para o laboratório (homogeneização e formação das amostras compostas) para que sejam realizadas as análises.

Vale salientar, que para esse procedimento seja representativo é necessário apresentar com lealdade as características gerais do local onde foi retirado as amostras, além de que o responsável pelas amostragens tenha conhecimento suficiente para o processo, e possa fazer a retirada de todas as amostras, seguindo um padrão de coleta, com o intuito em diminuir o máximo possível as variações entre as amostras.

Um outro fator importante, refere as ferramentas necessárias para obtenção das amostras de solo. Enxadeco ou enxadão, pá reta, tubo tipo sonda de amostragem, trados (Holandês, caneco, etc.), pá de jardinagem entre outros são exemplos de ferramentas utilizadas para fazer a amostra. Além disso, a profundidade de onde a amostra será coletada devem ser seguidas à risca. Comumente, são as amostras na profundidade 0-10cm; 10-20cm e 20-40cm, no entanto, isso é definido com o intuito do produtor, além da definição da área e a espécie da planta a ser cultivada.


Por que o nitrogênio não aparece na análise do solo?

O manejo do Nitrogênio é fundamental para alcançar boas produtividades das culturas agrícolas, sendo pela adubação ou FBN (Fixação Biológica de Nitrogênio), práticas que minimizem as perdas de Nitrogênio no solo como particionamento da adubação de cobertura podem ser alternativas interessantes para diminuir a perda por lixiviação e aumentar a disponibilidade para a planta.

O nitrogênio é um elemento essencial para o cultivo saudável das plantas e consequentemente para o seu desenvolvimento, devido a estar presente também nas células vivas. As plantas demandam uma grande quantidade de nitrogênio para crescerem e, geralmente, absorvem e transportam a maior parte na forma de amônio (NH4+) e de nitrato.

No entanto, apesar de o nitrogênio (N) ser considerado um dos nutrientes mais exigidos pelas culturas, o nitrogênio não aparece na análise de solo. O motivo pelo qual isso ocorre, deve-se o fato de ser muito dependente de microrganismos, a quantidade de nitrato e amônio, as duas formas do nitrogênio no solo, pode variar em questão de minutos, ou seja, são muitos voláteis.

Em condições de sequeiro, entretanto, as principais perdas de nitrogênio dos fertilizantes a base de nitrato ocorrem por meio da lixiviação, que é o processo de “arraste” ou de “lavagem” do nitrogênio para camadas mais profundas do solo, podendo, inclusive, chegar até ao lençol freático. Em solos alagados, os microrganismos presentes no solo reduzem o nitrato a óxido nitroso (N2O) ou ao gás N2, que são gases perdidos para a atmosfera.

Com o intuito na redução das perdas da adubação nitrogenada, é necessário levar em consideração fatores como textura e fertilidade do solo, presença ou ausência de restos culturais, umidade do solo, possibilidade de chuvas, entre outros pontos importante. Para minimizar o potencial de perdas dos nutrientes para o ambiente, as empresas de fertilizantes e as instituições de pesquisa têm investido na criação de fertilizantes de eficiência aumentada (FEA) que, no caso do nitrogênio, buscam evitar e/ou diminuir as perdas nitrogênio por volatilização da amônia gasosa (NH3) e/ou lixiviação do nitrato (NO3–).

Vale salientar, que devido a inexistência de teor de nitrogênio na análise de solo, devido a sua dinâmica no solo, a recomendação para esse nutriente é realizada com base na expectativa de produtividade esperada para cultura. Dessa forma, a recomendação da adubação nitrogenada se torne mais complexa, e seja realizada por meio de critérios como o teor de matéria orgânica do solo, a quantidade de nitrogênio extraída pela cultura, a expectativa de produtividade e a espécie cultivada anteriormente.

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